segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CONSENSO OU DISSENSO DE WASHINGTON?


O Consenso de Washington trata-se de um leque de princípios que deveriam guiar os países subdesenvolvidos em sua rota de “ajustamento” Político-Econômico ao novo Capitalismo global.
Com o apoio das organizações internacionais FMI; BIRD; BID e Banco Mundial, o Consenso de Washington recomendava o fim das barreiras ao comércio internacional e aos investimentos, a venda de estatais e o ajuste fiscal e monetário.
Dessa forma, com essas reformas liberais os países puderam aumentar a renda per capta e a produção, puderam também diminuir a instabilidade econômica, assim como reduzir o agravamento dos níveis de pobreza e de desigualdades de rendas.
Em relação ao controle das contas públicas é primordial que se haja com racionalidade, ou seja, o governo deve controlar todos os gastos em todas as esferas do setor público para que haja um melhor aproveitamento do dinheiro público.
Com relação às privatizações, há notável nível de melhorias se analisarmos de um âmbito geral algumas empresas como, por exemplo, às de telecomunicações, que propiciaram através da concorrência um melhoramento do sistema tanto em níveis de custo de aquisição de linhas telefônicas, como a maior agilidade e opções aos clientes contrariamente ao que ocorria com o monopólio.
No caso de Empresas como Vale do Rio Doce (VALE) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), apesar da redução do nível de empregos, podemos constatar que o desenvolvimento das mesmas se deu a níveis altamente superiores de épocas que ainda eram estatais, talvez isso tenha ocorrido devido à seriedade com que as empresas privadas são encaradas por seus proprietários, o que não ocorria com as estatais que ainda são tratadas com os mesmos padrões que se tratam as prefeituras no país, ou seja, muitos funcionários e pouca eficiência ou produtividade.
Porém outros setores como, pedágios nas rodovias há divergências devido ao fato de que os custos das tarifas geralmente são elevados, mas se analisarmos pela ótica da segurança nas estradas, tanto no nível de acidentes, quanto no nível de roubos de veículos e ônibus nas rodovias, os índices diminuíram significativamente. Todavia, o que causa maior rejeição aos pedágios pela população são os altos níveis de preços cobrados pelas empresas.
Já os setores como Educação e Saúde indiscutivelmente são de obrigação do Governo, ou seja, com a arrecadação de tantos impostos é inconcebível que os governantes transfiram para o setor privado o sistema educacional e de saúde, o que causaria uma série de conseqüências ao país. Pois a maioria da população não estaria apta a enfrentar sem a ajuda do Governo todos os problemas de saúde e não poderiam pagar estudos a seus filhos, causando um atraso ao progresso da nação. Pois, Povo sem saúde e com educação reduzida não interessa a um país com propósitos de crescimento.
O que os críticos chamam de Dissenso de Washington, ocorre devido ao fato de que os responsáveis pelo acordo deixaram de lado a necessidade d se buscar a equidade, ou seja, combater a pobreza e a injusta distribuição de renda na América Latina, o subcontinente de maior desigualdade no planeta.
Segundo os críticos os países pouco cresceram e ficaram pouco acima nos níveis de crescimento da década perdida nos anos 80 com a implantação dos métodos impostos pela cartilha das organizações internacionais como: FMI – BID – BIRD e Banco Mundial.
Juliano Araujo - Economista.

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